SOS SOMÁLIA PRECISA DE AJUDA
Pior seca em 60 anos atinge 10 milhões no nordeste da África
Segundo
relatório das Nações Unidas, região do Chifre da África precisa de ajuda
humanitária para enfrentar desnutrição
Jornal ultimo segundo
Mais de 10 milhões de pessoas são afetadas pela seca mais grave em 60
anos na região do Chifre da África, no nordeste do continente africano, e
precisam com urgência de ajuda humanitária para enfrentar a desnutrição em
algumas regiões, segundo um relatório da ONU nesta terça-feira.
Crianças somalis
esperam por alimentos e ajuda humanitária no sul de Mogadíscio (26/6)
"No Chifre da África, mais de 10 milhões de pessoas estão afetadas
em algum nível pela seca que já dura anos", afirmou Elisabeth Byrs,
porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU.
Segundo Byrs, não se via uma seca dessa magnitude há 60 anos. Ela disse
também que a falta de chuvas provoca hoje "uma crise alimentar importante
na região do mundo". "Em várias regiões longe das costas do Quênia,
Etiópia e Somália estamos perto da fome", disse.
Segundo a ONU, grandes áreas na Somália, Etiópia, Djibouti e Quênia
estão em estado de emergência. O conflito na Somália já vinha forçando a fuga
de cidadãos rumo ao Quênia. Mas a forte temporada de secas e a alta no preço
dos alimentos dificultaram ainda mais a situação de milhões de somalis.
A Somália é palco de um confronto entre o grupo islâmico Al-Shabab e um
governo de transição, que tem o apoio das tropas de paz da União Africana.
Neste ano, cerca de 15 mil somalis fugiram de seu país em direção ao Quênia e à
Etiópia, de acordo com a Ocha. O Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, na
sigla em inglês) estima que 2,5 milhões de somalis tenham sido afetados pela
seca, com 58% deles vivendo do sul do país.
A ONG Médicos Sem Fronteiras diz que muitos dos recém-chegados ao local
precisam desesperadamente de cuidados médicos. Metade das crianças que
chegam ao campo nunca sequer foi vacinada.
Desnutrição
Segundo o relatório da ONU, a desnutrição das crianças é particularmente
importante. "Os índices nas regiões mais afetadas são mais que o dobro do
nível de urgência de 15% e devem aumentar", declarou Byrs. "Na
Somália, uma criança em cada três está desnutrida", completou.
*Com
AFP e BBC
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