ENTENDA A SITUAÇÃO DOS REFUGIADOS
A Europa vive uma crise
migratória de enormes proporções. Guerras, pobreza, repressão política
e religiosa são alguns dos motivos que fazem milhares de pessoas saírem de seus
países em busca de uma vida melhor no continente europeu.
De acordo com um relatório da ONU, somente
neste ano, mais de 220 mil imigrantes teriam chegado à Europa pelo Mediterrâneo.
Os principais destinos dos imigrantes são Grécia, França, Itália e Inglaterra.
A travessia clandestina é arriscada: centenas já morreram
tentando chegar à Europa.Traficantes
de pessoas chegam a cobrar mais de R$ 10 mil por indíviduo para realizar a
viagem pelo mar, em condições precárias. Mesmo em solo europeu, a viagem
não termina para os imigrantes, que tentam
seguir para a Grã-Bretanha pelo Eurotúnel ou ficam
retidos nos países por falta de documentação, correndo risco de
deportação.
Além da crise de imigração, alguns países europeus também
enfrentam uma crise
econômica, como é o caso da Grécia que, sozinha, já
recebeu em 2015 cerca de 160 mil imigrantes.
Se a situação econômica na Europa não é das mais
favoráveis, por que milhares de pessoas abandonam seus lugares de origem, pondo
em risco a própria vida, para atravessar as fronteiras?
Veja abaixo o contexto atual de alguns dos países com
maiores registros de emigração para a Europa:
SÍRIA
Mais
de 240 mil pessoas morreram na Síria desde 2011, ano em que estourou uma guerra
civil no país, e, dentro desse número, estão 12 mil crianças. Em 2015, a
guerra na Síria completou quatro anos de conflitos entre tropas leais
ao regime, vários grupos rebeldes, forças curdas e organizações jihadistas,
entre elas, o Estado Islâmico.
Estimativas da ONU apontam que mais de 7 milhões de
sírios abandonaram suas residências dentro do país e quase 60% da população
vive na pobreza. Os trágicos números refletem na alta taxa de emigração do país
– seriam
4 milhões de refugiados sírios, a maior população de refugiados do mundo.
O principal destino dos sírios são a Turquia, que já recebeu 1,8 milhão de refugiados desde o início da guerra civil na Síria, Iraque, Jordânia, Egito e Líbano. Um relatório da ONU aponta que, somente no primeiro semestre deste ano, 44 mil pessoas saíram da Síria com destino à costa europeia.
O principal destino dos sírios são a Turquia, que já recebeu 1,8 milhão de refugiados desde o início da guerra civil na Síria, Iraque, Jordânia, Egito e Líbano. Um relatório da ONU aponta que, somente no primeiro semestre deste ano, 44 mil pessoas saíram da Síria com destino à costa europeia.
AFEGANISTÃO
Dados da ONU, indicam que, juntamente com a Síria e a
Somália, o
Afeganistão somou 7,6 milhões dos refugiados de 2014. Somente no primeiro
semestre deste ano, 1.592
civis morreram em conflitos no Afeganistão.
Os refugiados afegãos estão presentes em mais de 80
países, mas um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (Acnur) aponta que somente dois deles concentram 96% dessa
população: Irã e Paquistão.
IRAQUE
A marginalização fez com que parte dos sunitas
iraquianos começassem a se aproximar do Estado Islâmico. Após a retirada
das tropas americanas do Iraque em 2011, o grupo jihadista, que ganhou força na
sua atuação no conflito da Síria e conquistou territórios por lá, passou a
avançar sobre o norte iraquiano.
A violência
da atuação do grupo extremista no Iraque pode ser colocada em números:
somente em 2014, o Iraque registrou 10 mil mortes - quase
um terço de todos os mortos no mundo em atentados terroristas. Outras
milhares de pessoas se refugiam em países europeus, sendo a Turquia um dos
principais destinos para os iraquianos, com cerca de 200
mil no país.
LÍBIA
Em 2011, o levante popular conhecido como "Primavera
Árabe" depôs o ditador Muammar Kadhafi, que estava no controle
do governo líbio há 42 anos. Desde então, o país vive uma crise política,
com dois Parlamentos e dois governos rivais. O governo reconhecido pela
comunidade internacional tem sede em Tobruk, no leste do país.
Aproveitando-se da instabilidade na Líbia, o Estado
Islâmico, que se apoderou de vastos territórios na Síria e no Iraque,
posicionou-se ano
passado na Líbia, onde controla sobretudo trechos da região de Syrte, a
leste de Trípoli. O grupo extremista já assumiu autoria em uma série de ataques
e abusos, incluindo a decapitação
de 21 cristãos e um atentado
contra um hotel na capital Trípoli.
Refugiados dos conflitos cruzam o Mar Mediterrâneo em
direção à Itália, usando o país como uma ponte para chegar a outros destinos da
Europa. O
governo italiano já resgatou centenas de imigrantes do norte da África neste
ano.
ERITREIA
FONTE: G 1 - 25/08/2015 21h27 - Atualizado em 02/09/2015
15h12
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