ADOLESCENTE VICIADA EM CRACK SOFRE COM GRAVIDEZ PRECOCE
RIO - Aos 13 anos, viciada
em crack, Y. teve um bebê que foi entregue à adoção contra a vontade, em 2006.
Antes de engravidar, a adolescente morava num abrigo em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense, desde os dois anos, quando foi abandonada pela mãe. Próxima de dar
à luz ao bebê, cujo pai ela nem se lembra quem é, Y. foi transferida para uma
outra unidade de acolhimento em Santa Teresa. Depois que a criança nasceu, ela
acusa a direção do local de impedi-la de ver o filho, o que culminou com a
perda do poder familiar:
— Fiquei
sem chão e me afundei no crack depois de perder meu filho. Engravidei de novo
aos 15, mas, desta vez, encontrei pessoas que me apoiaram. Pelo meu filho,
larguei o crack. Hoje, tenho emprego, ganho aluguel social e cuido dos meus
dois filhos: um de três anos e um bebê de dois meses. Mas não há um dia que eu
não sonhe com o meu primeiro bebê. Sei que ele está adaptado à nova família,
mas queria vê-lo uma única vez — diz Y., chorando.
O segundo filho de Y. nasceu de seis meses com pouco mais de um
quilo:
— Estava na cracolândia da Mangueira, quando a bolsa estourou. Não
me lembro praticamente de nada, só o que me contaram depois. Alguém me levou ao
hospital, sem que eu tivesse noção de que o bebê estava nascendo. Ele era
magrinho e ficou quase um mês no hospital. Nunca pensei em tirar o meu filho.
Pelo contrário, acho que isso fez com que eu ganhasse forças para lutar por
eles.
Enquanto o bebê ficava na maternidade, a jovem foi apreendida e
levada para a 2ª Vara da Infância e da Juventude, que julga os casos de
adolescentes infratores. Segundo Y., por causa da falta de vagas, ela acabou
ganhando o direito à liberdade assistida. Com o apoio da Defensoria Pública e
de assistentes sociais e psicólogos da Uerj, a jovem virou exemplo de
superação: venceu a dependência do crack. Hoje, ela ganha um salário mínimo
como auxiliar de serviços gerais, foi mãe pela terceira vez e tenta, na
Justiça, o direito de ganhar uma casa do programa Minha Casa Minha Vida.
— Quero ter uma casa só minha, para cuidar dos meus filhos, pois
agora eu tenho algo que nunca tive: uma família — conta ela.
Segundo o pediatra e especialista em neonatologia José Luiz
Bandeira Duarte, mães que consomem crack, por não darem comida aos bebês,
acabam deixando-os desnutridos:
— A natureza sempre protege o feto no útero da mãe. Mesmo assim,
qualquer droga, inclusive o álcool, pode ocasionar lesões neurológicas. A
criança pode ter um retardo mental ou um desvio de comportamento — explica o
médico.
O mundo pode te esquecer, mas Deus jamais te esquecerá. JESUS É A SOLUÇÃO.
O mundo pode te esquecer, mas Deus jamais te esquecerá. JESUS É A SOLUÇÃO.
Fonte:Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/adolescente-viciada-em-crack-sofre-com-gravidez-precoce-10192945#ixzz2lfIn8y2C
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