Miss. Liane Cruz
Como professora da EBD e
das crianças tive dificuldade para preparar uma aula sobre a Pascoa. Quando
vamos pesquisar a palavra Pascoa, vem um monte de coelho e ovo de chocolate.
O que o coelho tem haver? E o chocolate ?
Para entendermos a Páscoa
cristã, vamos, sinteticamente, buscar sua origem na festa judaica de mesmo
nome. O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12.1-28).
Por essa festa, a mais importante do calendário judaico, o povo celebra o fato
histórico de sua libertação da escravidão do Egito acontecido há 3.275 anos,
cujo protagonista principal desse evento foi Moisés no comando de seu povo pelo
mar vermelho e deserto do Sinai.
O evento ÊXODO/SINAI compreende a libertação do
Egito, a caminhada pelo deserto e a aliança no monte Sinai (sintetizado nos dez
mandamentos dado a Moisés). De evento histórico se torna evento de fé. A
passagem do mar vermelho foi lembrada como Páscoa e ficou como um marco na
história do povo hebreu. Nos anos seguintes ela sempre foi comemorada com um
rito todo particular.
Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os
hebreus celebravam a Páscoa, com o sacrifício de cordeiro e o uso dos pães
ázimos (sem fermentos), conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12.21.26-27;
Dt 12.42). Era uma vigília para lembrar a saída do Egito (forma pela qual tal
fato era passado de geração em geração – Ex 12.42; 13.2-8).
Essa celebração ganhou também dimensão futura
com o passar do tempo. E quando novamente dominados por estrangeiros,
celebravam a Páscoa lembrando o passado, mas pensando no futuro, com esperança
de uma nova libertação, última e definitiva, quando toda escravidão seria
vencida, e haveria o começo de um mundo novo há muito tempo prometido.
A celebração da Páscoa reunia três realidades
distintas:
A uma realidade do passado: o acontecimento
histórico da libertação do Egito quando Israel tornou-se o povo de Deus;
o uma realidade do presente: a memória ritual
(=celebração) do fato passado levava o israelita a ter consciência de ser um
‘libertado’ de Javé (=Deus), não somente os antepassados, mas o sujeito de hoje
(Dt 5.4);
A uma realidade futura: a libertação do Egito
era símbolo de uma futura e definitiva libertação do povo de toda a escravidão.
Libertação esta que seria a nova Páscoa, marcando o fim de uma situação de
pecado e o começo de uma nova era.
Jesus oferecendo seu corpo e sangue assume o
duplo sentido da páscoa judaica: sentido de libertação e de aliança. E ao
celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da
libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com
a humanidade.
A nova Páscoa não era uma libertação política do
poder dos romanos, como os judeus esperavam. Poucos entenderam que o Reino de
Deus transcende o aspecto político, histórico e geográfico.Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não o fazemos com
sacrifício do cordeiro e alimentando-nos com pães sem fermento, pois Cristo se
deu em sacrifício uma vez por todas (Jo 1.29; 1Cor 5.7; Ef 5.2; Hb 5.9), como
cordeiro pascal, como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime.
A páscoa é uma festa cristã que celebra a
ressurreição de Jesus Cristo. E ressurreição significa vitória!Deus livrou ao seu povo do Egito e de Faraó,
dando-lhes a vitória naquela ocasião. A ressurreição de Jesus representa nossa
vitória para sempre. Naquela tarde de Páscoa o cordeiro de Deus deu a vida por
nós se entregando por completo e nos livrando da morte e do inferno. Ele
ressuscitou e vive para sempre! A Páscoa para o Cristão é o ponto mais alto do
ano litúrgico, pois a Ressurreição é o maior acontecimento da História da
Igreja. Mas a Páscoa não é apenas a comemoração de um FATO PASSADO. Cada festa
Pascal é um novo apelo de Deus, que nos convida a morrermos com Cristo, a nos
separarmos do homem velho (do homem do pecado), a fim de nos revestirmos do
homem novo e ressurgir para uma vida nova na graça e na santidade.
A Páscoa não é apenas um dia do ano, mas um
processo dinâmico e permanente que deve acontecer dentro de nós. Todos os dias
o cristão celebra a Páscoa, quando combate o homem velho do pecado, para se
revestir do homem novo, em Cristo.
Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a
ti mesmo em piedade; 1 Timóteo 4:7
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. 2 Timóteo 4:4
Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa
vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.Porque assim vos será amplamente concedida a
entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 2 Pedro 1:10-11
ELE VIVE!!! JESUS VIVE!!!!!
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